Cartilagem prismática

(actualisé le ) por Aléssio

O esqueleto de tubarões e raias é constituído por uma cartilagem parecida com a cartilagem hialina encontrada em seres humanos. A cartilagem encontrada em Chondrichthyes é recoberta por uma fina camada de placas poligonais mineralizadas de fosfato de cálcio (hidroxiapatita) denominadas tésseras. Acredita-se que as tésseras sejam formadas pela fusão de vesículas com alto teor mineral, secretadas por condrócitos na face mineralizada. Os pequenos glóbulos de sais de cálcio se fundem em uma camada relativamente contínua que se transforma em uma mineralização suplementar e, então, em cartilagem prismática [1]. Este cortex mineralizado da cartilagem de elasmobrânquios apresenta profundas implicações funcionais, reforçando o esqueleto e fornecendo uma superficie rígida para fixação dos músculos [2].

A palavra «prismática» refere-se à forma geométrica das tésseras. Na figura abaixo a cartilagem de raia pode ser vista em detalhe com a trama de tésseras colocada em evidência através de técnica de visualização 3D [3].

Detalhes de tésseras em cartilagem de raia

Observações

[1Dean, M. N., Chiou, W. A., & Summers, A. P. (2005). Morphology and ultrastructure of prismatic calcified cartilage. Microscopy and Microanalysis, 11(S02), 1196

[2Seidel, R., Lyons, K., Blumer, M., Zaslansky, P., Fratzl, P., Weaver, J. C., & Dean, M. N. (2016). Ultrastructural and developmental features of the tessellated endoskeleton of elasmobranchs (sharks and rays). Journal of anatomy, 229(5), 681-702

[3Knötel, D., Seidel, R., Prohaska, S., Dean, M. N., & Baum, D. (2017). Automated segmentation of complex patterns in biological tissues: Lessons from stingray tessellated cartilage. PloS one, 12(12), e0188018